Trabalho da incorporação da cinza da casca do arroz na cerâmica vermelha foi apresentado em evento da Rede APL Mineral em Teresina, Piauí.
Michel Marques Godoy (CPRM), Cristina Ferreira Correia Silva (MCTI), Vitor de Souza Nandi, Alexandre Zaccaron e Elzivir Azevedo Guerra (MCTI) (Foto: Divulgação)
A aplicação da cinza da casca do arroz na produção de produtos cerâmicos, trabalho desenvolvido entre a Fumacense Alimentos e a Cerâmica Guarezi vêm colhendo grandes frutos. Após ser apresentado em um painel na COP 27 pela empresa cerealista sobre a diminuição de emissões de gases de efeito estufa, o estudo foi finalista do Prêmio Melhores Práticas na Mineração e foi apresentado no XVIII Seminário Nacional de Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral no ultimo dia 02 de dezembro em Teresina, capital do Piauí.
O estudo, tema do trabalho de conclusão de curso da aluna Grasiele Amoriso Benedet da Engenharia de Produção da UNESC, foi apresentado no evento pelo doutorando Vitor de Souza Nandi e ficou em segundo colocado entre as demais práticas finalistas.
Não é a primeira vez que o APL de Cerâmica Vermelha de Morro da Fumaça é finalista do Prêmio Melhores Práticas na Mineração, em 2013 o trabalho entitulado “Fornecimento Sustentável de Argilas para APL de Cerâmica Vermelha” foi o vencedor.
APL de Cerâmica Vermelha foi representada por Vitor de Souza Nandi e Alexandre Zaccaron (Foto: Divulgação)
Sobre os Arranjos Produtivos Locais (APL)
Arranjos Produtivos Locais (APLs) são aglomerações de empresas e empreendimentos, localizados em um mesmo território, que apresentam especialização produtiva, algum tipo de governança e mantêm vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais, tais como: governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa.
O APL de Cerâmica Vermelha de Morro da Fumaça abrange os municípios da região sul do Estado de Santa Catarina. A sua estruturação compreende o Sindicato da Indústria de Cerâmica Vermelha (SINDICER), a Cooperativa de Exploração Mineral (COOPEMI) e o Laboratório Técnico da Cerâmica Vermelha (LabCer) e as mais de 150 empresas de cerâmica vermelha associadas às entidades. A cadeia produtiva tem sua origem nas extrações minerais realizadas pela COOPEMI, a qual extrai e fornece matéria prima a seus cooperados. Conta com apoio técnico laboratorial do LabCer, que além de auxiliar na pesquisa de matérias primas e formulações para massas cerâmicas, realiza testes de resistência e qualidade nos produtos de várias empresas cerâmicas e principalmente aos associados do SINDICER.
Os participantes também realizaram visitas técnicas na região
A participação no evento também deu a possibilidade da realização de visitas técnicas em industrias da região. Foi feita a visita na Cerâmica Fortes em Timon-MA, do qual foram atendidos por Carlos Raposo, que mostrou algumas das particularidades do setor naquela região do país.
Visita técnica na Cerâmica Fortes em Timon-MA (Foto: Divulgação)
